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Olá Pessoal! Me chamo Ana Paula e sou professora de História(Ensino Fundamental e Médio) e historiadora. Sou apaixonada por esta área do conhecimento. Gosto também de Filosofia, mas isso é uma outra história, por que o negócio aqui, agora é HISTÓRIA. A minha paixão pela História, a ajuda e incentivo dos meus alunos, me fez criar este espaço para aproximar mais a História dos alunos. Tentar fazer deste blog um lugar mais dinâmico e com mais tempo para discutirmos alguns assuntos que não dão tempo em sala de aula e que interessam a todos nós. Pretendo postar aqui assuntos que tenham a ver com temas trabalhados em sala de aula e outros que nem sempre são muito priorizados devido ao tempo, cronograma e/ou carga horária. Ao longo do blog vocês vão encontrar muitas coisas escritas por alunos, como alguns resumos, artigos, colunas, curiosidades, dicas de filmes, livros e muito mais. Pois a participação deles é muito importante, é o que move o blog. Abraço a todos.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

20 anos da Queda do Muro de Berlim: Construção e Queda

Hoje, dia 9 de novembro de 2009, Berlim e o mundo comemoram a queda do Muro de Berlim, que separava o mundo em dois, ocidental (sob influência dos Estados Unidos) e oriental (sob influência Soviética), uma porção capitalista e a outra comunista, durante o período da Guerra Fria e colocava fim a este período da História.
Há 20 anos atrás neste dia, eu com oito anos na época, lembro de estar assistindo ao Jornal Nacional com a minha família e ver a notícia da queda do muro e a alegria das pessoas fazendo a travessia do lado ocidental para o oriental, ou vice-versa. Recordo que na época não entendia muito bem o motivo de existir um muro que dividia uma cidade em duas partes, e porque quem tentasse passar para o outro lado poderia ser morto. Meu pai com um conhecimento bom sobre o assunto, tentou me explicar o que estava acontecendo. Até que na hora consegui entender o básico da situação, o possível para uma criança de 8 anos, mas só fui entender realmente o que tinha acontecido poucos anos depois quando nas aulas de história, tanto do ensino fundamental, quanto do médio, as professoras explicaram a formação da bipolaridade mundial pós 2ª Guerra e o início do período que ficou conhecido como Guerra Fria.
No dia de hoje irão ocorrer comemorações na Alemanha, celebrando a reunificação do país depois de 28 anos de separação forçada pela construção do muro.
A divisão do mundo durante a Guerra Fria entre capitalismo e comunismo não era apenas econômica, mas também política, social e cultural. Na madrugada do dia 13 de agosto de 1961 esta divisão se tornou física também com o início da construção do muro de Berlim, que separava a cidade de Berlim e o mundo em dois grandes blocos, o lado da República Federal da Alemanha (Berlim Ocidental) era a parte ocidental capitalista, e o da República Democrática da Alemanha (Berlim Oriental) o lado oriental comunista. A estrutura física do muro veio reforçar a divisão que já existia na Alemanha desde 1945 após a derrota do III Reich na 2ª Guerra Mundial e as decisões tomadas nas conferências de Yalta e Potsdam, em que a dividia o país entre os vencedores da guerra (Grupo dos Aliados) em 4 setores: o russo (maior parte), o estadunidense, o inglê e o francês.
Mais tarde, as relações entre os vencedores começaram a ficar turbulentas, prevalecendo apenas duas forças no domínio da Alemanha, a liderada pelos soviéticos comunistas e a pelos países ocidentais capitalistas. A criação do Plano Marshall em 1947 foi essencial para a disputa entre capitalistas e comunistas na região da Alemanha, já que o plano visava o apoio dos E.U.A ao combate contra as manifestações comunistas pelo mundo. O que fez com que em 1948 Stalin iniciasse um bloqueio total contra a cidade de Berlim, em represália ao plano anticomunista norte-americano. Os Estados Unidos reagiram contra a ação de Stalin e mandaram suprimentos para Berlim, o que fez que em 1949 Stalin desistisse da ação por completo.
No ano de 1952 a fronteira entre as duas Berlins foi mais uma vez reforçada e fechada, e os soviéticos só permitindo a passagem em alguns locais determinados. Em 1957, quem tentasse fugirm do lado comunista para o capitalista poderia sofrer severas punições com até 3 anos de prisão.
Em 1961 a fronteira entre as duas Berlins foi definitivamente fechada com a construção do muro pela República Democrática da Alemanha (comunistas), com o objetivo de bloquear as fronteiras com a Berlim Ocidental, impedindo o contato com a porção capitalista do mundo e tentando coibir a fuga de pessoas do lado oriental que não concordavam com o sistema comunista e se sentiam atraídas pelo modelo de vida capitalista. Construíndo assim, um isolamento do mundo comunista.
No primeiro dia de construção do muro foi feita uma estrutura provisória com arames, ao longo dos anos foi sendo reforçada impossibilitando a passagem para ambos os lados. A construção quando foi concluída passou a ter aproximadamente 150 km de extensão, com até 4 metros de altura e dava a volta em toda a Berlim Ocidental. Era um muro duplo, com um corredor interior de 100 metros de largura em alguns pontos, equipado com torres e vigiado por 11.500 soldados com ordem de atirar contra quem tentasse atravessar para o outro lado.
Então, no dia 9 de novembro o Ministro das Cominicações Günter Schabowski, em uma coletiva de imprensa anunciou a decisão ma decisão do conselho dos ministros de abolir imediatamente e completamente as restrições de passagem entre as duas Alemanhas. Alguns dizem que esta decisão deveria ser publicada somente no dia seguinte, e informar todas as agências governamentais., e que a antecipação do ministro havia sido um equívoco.
Na verdade, o fato é que o muro caiu e com ele a Guerra Fria chegou a fim e as forças comunistas em boa parte da Europa iam sentindo o seu enfraquecimento.
Um mês após a queda do Muro de Berlim, o presidente norte-americano George Bush e o líder soviético Mikhail Gorbachev encontraram-se para planejar como seria o mundo pós-Guerra Fria.


Fontes:
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/muro.htm
http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/0,,MUL1371482-17398,00-ALEMANHA+COMEMORA+OS+ANOS+DA+QUEDA+DO+MURO+DE+BERLIM.html
http://www.abril.com.br/noticias/mundo/inicio-construcao-muro-berlim-completa-48-anos-491389.shtml
http://www.jblog.com.br/hojenahistoria.php?itemid=4147
http://www.estadao.com.br/arteelazer/not_art418170,0.htm

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Woodstock


Nota do Blog: No mês de Agosto de 2009 comemoramos os 40 anos do maior festival de música de todos dos tempos, Woodstock, que marcou a história da música mundial, que reivindicava contra a cultura dominante da época, a política e a morte de muitos jovens na Guerra do Vietnã. Em comemoração a isso, dois alunos resolveram fazer um artigo falando um pouco do que foi esse festival de música.


Artigo:

Nos dias 15, 16 e 17 de Agosto de 1969, apenas um mês depois da famosa aterrissagem da Apollo 11 na lua, o mundo testemunhou outro passo gigante.

Dessa vez foi o festival Woodstock, no estado de Nova Iorque. Aproximadamente 500 mil pessoas convergiram para uma pequena cidade para três dias de música, lama, paz e amor.

O festival exemplificou a era hippie e a contracultura do final dos anos 60 e começo de 70. Trinta e dois dos mais conhecidos músicos da época apresentaram-se defronte a meio milhão de espectadores. Apesar de tentativas posteriores de emular o festival, o evento original provou ser único e lendário, reconhecido como uma dos maiores momentos na história da música popular.

Originalmente, o festival deveria ocorrer na pequena cidade de Woodstock, também no estado de Nova Iorque, onde moravam músicos como Bob Dylan, mas a população não aceitou, o que levou o evento para a pequena Bethel, a uma hora e meia de distância.

Quatro pessoas foram as responsáveis pela idéia que resultou no Woodstock: Artie Kornfeld, Michael Lang, John Roberts e Joel Rosenman. E a fazenda escolhida para o festival foi a do fazendeiro Max Yasgur.

O FESTIVAL

Aproximadamente 186,000 ingressos foram vendidos antecipadamente, e os organizadores estimaram um público de aproximadamente 200,000 pessoas. Não foi isso que aconteceu, no entanto. Mais de 500,000 pessoas compareceram, derrubando cercas e tornando o festival um evento gratuito.

Dos trinta e dois artistas e bandas importantes da época, podemos destacar Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jefferson Airplane, The Who, Grateful Dead, Country Joe & The Fish, Sly & The Family Stone e a novata banda do até então desconhecido Santana, que se consagrou e saiu de lá como uma lenda. Além da primeira apresentação de um dos primeiros supergrupos da história, o trio Crosby, Stills & Nash, com uma pequena ajuda de Neil Young.

Entre os problemas, o influxo repentino provocou congestionamentos imensos, bloqueando a Via Expressa do Estado de Nova York e eventualmente transformando Bethel em "área de calamidade pública". As instalações do festival não foram equipadas para providenciar saneamento ou primeiros-socorros para tal multidão, e centenas de pessoas se viram tendo que lutar contra mau tempo, racionamento de comida e condições mínimas de higiene. Houve também houve duas fatalidades registradas: a primeira resultado de uma provável overdose de heroína, e outra após um atropelamento de trator. Houve também dois partos registrados e quatro abortos.

Em 1970 foi lançado um documentário dirigido por Michael Wadleigh mostrando cenas e algumas apresentações do festival.

OS 3 DIAS DE MÚSICA

Sexta-Feira, 15 de Agosto

O festival abriu em clima bem hippie, reservado apenas para os artistas folk:

Como: Richie Havens, Swami Satchidananda (deu inovação ao festival), Sweetwater, The Incredible String Band, Bert Sommer, Tim Hardin, Ravi Shankar, Melanie, Arlo Guthrie e Joan Baez.

Mudam os séculos, não mudam as crises!!!

Em meados do século XX, em um período chamado de “Entre Guerras”, a população foi surpreendida com um fato marcante na história mundial, a Crise de 1929.

Com o sistema capitalista - onde a produção se baseia na exploração do trabalho assalariado e na busca pelo lucro – cada vez mais, cresciam as forças produtivas, tanto que o mercado consumidor não conseguia acompanhar o ritmo, o que resultou em uma super-produção e a contração do mercado.

Devido a isso, houve queda na taxa de lucro capitalista. Com o excesso de mercadoria produzida, os preços dos produtos caíram, arruinando, assim, os fazendeiros, que acabaram endividados com os bancos. Já com muito prejuízo, a necessidade de reduzir a produção foi inevitável, porém com isso o desemprego foi aumentando.

Esta crise começou nos Estados Unidos, porém, com a globalização, atingiu o mundo todo. A solução foi a destruição da produção: nos Estados Unidos, milhares de carros foram transformados em sucatas; na França, o trigo foi inutilizado. O mesmo ocorreu com o café no Brasil.

O término da crise só foi possível com o fim de algumas práticas liberais e com intervenção do Estado na economia.

Em pleno século XXI passamos por uma crise parecida, a crise imobiliária, onde, por consequência do aumento de juros, muitas pessoas que obtiveram empréstimos nos bancos ficaram sem condições de pagar praticamente o dobro do preço inicial.

Em 1929 as pessoas passavam por uma crise onde não se tinha dinheiro para comprar os produtos. Hoje em dia falta também o dinheiro, porém para pagar o que já foi comprado.


Por: Mayara da Rosa Sagrilo (2º Ano E.M.)

“Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos”

No dia 20, festeja-se em nosso Estado, esta marcante revolução que mudou a nossa história. E como bons gaúchos, não poderíamos deixar passar em branco. Então vamos relatar um pouco desta tão marcante batalha.

Deu seu início, na noite, do dia 19/09/1835, Bento Gonçalves (um dos líderes da Campanha) avançou com aproximadamente, 200 “farrapos” em nossa capital, Porto Alegre.

A causa deste avanço, era a revolta dos mesmos com a república, pois queriam províncias mais autônomas, unidas por uma república mais flexível. O outro grande fator a levar em consideração, e pode-se considerar o principal, era em função dos elevados impostos cobrados sobre os produtos de origens animais, couro, trigo e principalmente o charque feitos nas Estâncias, sobre o sal que era exportado e sobre a propriedade da terra.

Esta revolução durou, praticamente, 10 anos. Mas não houve vencedor e vencido. O tratado de paz foi assinado no Ponche Verde, pelo Barão de Caxias e o general Davi Canabarro, no dia 28/02/1845.

Foi a partir daí que conhecemos esses nossos heróis: Bento Gonçalves, Giuseppe e Anita Garibaldi, General Neto.

E a partir de então, passamos a reconhecer o quanto nossa história é, foi e sempre será de grande importância para o nosso tão amado Estado, o Rio Grande do sul.

É por isso que digo: TCHÊ, COMO TENHO ORGULHO DE SER GAÚCHO!”.

Fonte: www.terragaucha.com.br


Por: Eliédina e Francine (2º Ano E.M.)

A Paixão Mundial

O esporte mais praticado no mundo é o futebol, esse esporte teve início na Inglaterra, no século XVII, onde era praticado apenas pela nobreza.
A medida do campo era bem diferente de hoje,na época a medida era 120x180m,até 1871 não havia goleiro. O futebol chegou no país pentacampeão do Mundo em 1894, através de Charles Miller, que era brasileiro, e foi estudar na Inglaterra, trouxe de lá apenas uma bola e o livrinho de regras do futebol. O primeiro jogo de futebol no Brasil aconteceu em 15 de abril de 1895,entre FUNCIONÁRIOS DA COMPANHIA DE GÁS X CIA FERROVIÁRIA SÃO PAULO RAILWAY, mas o primeiro clube oficial de futebol,no Brasil, é o Rio Grande fundado em 19 de julho de 1900, detalhe esse dia é reconhecido como o dia do futebol no Brasil.
O futebol, foi levado mais a sério a partir de 1904,data em que foi criada,na França, a “dona” do futebol mundial, FIFA (Federação Internacional de Futebol e Associados), talvez sem a FIFA não teria o reconhecimento e não seria essa PAIXÃO MUNDIAL.


Por: Douglas Kozoroski (2º Ano E.M.)

Textos feitos pelos alunos

Durante o 3º bimestre deste ano letivo foi sugerido que os alunos dos 2º e 3º anos tivessem uma participação mais ativa no blog, com a confecção de artigos e comentários. Os artigos foram feitos sobre os mais variados assuntos. Os temas foram escolhidos e pesquisados pelos alunos, com a orientação da professora de História. Ao longo do blog vamos poder ler e cometar sobre estes temas. Esperamos a participação de todos.
Abraço,
Sora Ana.

Por: Ana Paula.

sábado, 12 de setembro de 2009

História de Santa Maria – O Centro da Cidade







Passando pelo centro de nossa cidade, na Praça Saldanha Marinho, você saberia me dizer o que existia anteriormente, antes da Praça ser praça? Antes de ter o Teatro, o coreto e o chafariz? Antes de ter um Banco, um viaduto e alguns camelôs?

No caso da sua resposta ser não, posso lhe contar o que tinha: Uma Igreja e um Cemitério. Pois é, um cemitério sim.

Isso porque, a muitos anos atrás, lá no século XVIII quando Santa Maria surgiu do acampamento de militares e integrantes da demarcação de limites dos território da coroa portuguesa, foi construída uma igreja católica (que era a religião oficial do Brasil dada a época) para prestar os serviços espirituais à população que estava em formação.

Já que se tinha uma sociedade surgindo e a pequena capela estava ali para suprir as necessidades religiosas da população, precisava-se também de um cemitério para que fossem feitos os sepultamentos dos mortos e os ritos fúnebres. Como era um costume não só no Brasil, como também nas Américas e na Europa, os cemitérios eram feitos do lado das igrejas. Em Santa Maria aconteceu da mesma forma, o primeiro cemitério da Vila de Santa Maria da Boca do Monte, foi construído do lado da capela da localidade, a Capela da Matriz, bem onde hoje fica a Praça Saldanha Marinho. Englobando ainda, o viaduto, a rótula da Av. Rio Branco com a rua Venâncio Aires, até aproximadamente o banco Banrisul.

Foi somente no final do século XIX que o cemitério municipal foi construído e o do centro da cidade foi desativado, os corpos transportados para o novo cemitério e o velho destruído para dar lugar a uma bonita e ampla praça para embelezar o centro da cidade. Naquele tempo, o novo cemitério ficava fora dos limites urbanos da nossa cidade.

Viu como Santa Maria cresceu tanto que o cemitério que era extramuros agora já está dentro da cidade novamente? É isso mesmo, os anos passaram, a cidade se desenvolveu, mais pessoas vieram morar aqui, muitas outras nasceram e o cemitério que havia sido construído para ficar longe do centro urbano, longe da cidade e das pessoas, agora fica na frente da casa de muita gente. Nos acostumamos com a visão do cemitério tão próximo, que muitas vezes nem nos damos conta que ele está ali e que tem uma história.

Autor: Ana Paula

fonte da imagem: Arquivo Histórico de Santa Maria



quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Para que História?

Já que o nosso espaço aqui se destina a discutir sobre História, faço uma pergunta que muitos estudantes fazem , já fizeram ou poderão vir a fazer. Afinal, para que estudamos História?
Numa tentativa de responder a este questionamento podemos dizer, de forma resumida, que o estudo da História se presta para sabermos o que aconteceu no passado. Resposta esta, que nos remete a outro pensamento: Para que devemos saber o que aconteceu no passado?
Ao nos perguntarmos sobre isso, temos de ter em mente que o presente é o reflexo das ações humanas no passado, e que o futuro será o reflexo das ações passadas somadas às ações do presentes. Sendo assim, o estudo da História se faz necessário pra que possamos entender o mundo no qual nos encontramos. Saber porque as coisas são de uma determinada maneira e não de outra. O porquê do Brasil ser uma república e não uma monarquia, e ainda, por que aqui se fala português e não inglês, por exemplo. Tudo isso se deve aos acontecimentos sociais, econômicos, políticos, culturais e intelectuais, que juntos acabaram resultando na conjuntura atual e da qual fazemos parte.
Autor: Ana Paula.